18 de out. de 2010

3ª série - Tomada de poder dos partidos fascistas (2ª Parte - II Guerra)


As esperanças de dias melhores foram depositadas nos partidos de extrema esquerda e direita. Os partidos de esquerda que tomaram força nesta época são os de orientação socialista e anarquista. A maioria dos seguidores destes partidos pertenciam as classes populares. Já as classes médias e as elites precisavam de outra tendência política que não colocasse em cheque seus bens materiais e seu poder, foi ai que os movimentos de extrema-direita ganham força e importância.

Na Itália e Alemanha surgem partidos fascistas compostos por ex-militares, profissionais liberais e estudantes, na maioria desempregados. Neste processo as elites utilizaram as classes médias como “massa de manobra”, convencendo-as a engrossar as fileiras do partido Fasista. O partido fascista, tanto na Itália quanto Alemanha, tinha uma doutrina baseada na concentração de poder em torno do Estado. As principais características dele podem ser consideradas o Nacionalismo (valorização extrema da ideia de nação), Totalitarismo (poder total ao partido), Liderança carismática, Corporativismo (estado comandando todas as ações das corporações), militarismo e expansionismo (ideia fixa de aumentar o território e expandir o governo).

Foi divulgada a ideia de que com um poder rígido, centralizado no Estado, o governo poderia reerguer os países das crises que enfrentavam. O fascismo ergueu-se através de um discurso de apelo popular, que considerava humilhante a situação política e social enfrentada pela Itália e Alemanha.

Na Itália, Benito Mussolini liderava o partido da extrema-direita. Naquele país a esquerda estava dividida em vários partidos, o que acabava por enfraquecer sua força. Portanto o partido fascista toma ações para fortalecer-se. Estas ações estavam baseadas na propaganda e no medo provocado através de atentados e ações milicianas financiadas pelas grandes indústrias e bancos.

Além de todas estas ações Musssolini tinha estreitas relações com o Rei da Itália, rei este que permitiu por um acordo a tomada de poder pelo partido fascista num golpe que ficou conhecido como a “Marcha sobre Roma”.

Já na Alemanha a tomada do poder pelo Fascismo foi um pouco mais complicada.

Aquele país encontrava-se sob o governo da República de Weimar que como vimos administrava um país em crise. O partido nacional-socialista (de orientações fascistas), liderado pelo marechal Lundendorf e Adolf Hitler tenta dar um golpe de estado no ano de 1923, golpe este que foi frustrado: o partido ainda não possuia força o suficiente para se manter no poder.

O saldo do golpe foi a prisão de Hitler, que foi condenado a cinco anos de prisão (sendo que desses cinco anos ele cumpriu apenas 8 meses). Encarcerado o líder político escreveu um livro que acabou por ser a bíblia do sistema política que iria desenvolver na Alemanha, o Nazismo, o livro foi nomeado de Mein Kampf (Minha Luta).

Além da prisão do comandante o golpe trouxe preocupações para os países vitoriosos na Primeira Guerra, principalemtne aos Estados Unidos, que emprestraram grande quantia em dinheiro para a reconstrução da Alemanha. A ideia é simples: emprestar dinheiro para que a economia desenvolva-se, a população sinta-se satisfeita e os golpes totalitários e extremistas desapareçam. Ideia simples e que funcionou, o país teve um período de franco desenvolvimento e prosperidade, parecia a quase todos os alemães que as coisas realmente haviam mudado.

Entretanto não se esperava o colapso mundial ocorrido em 1929, as bolsas de valores do mundo inteiro despencam, e a crise que antes era apenas sentida na Europa, espalha-se pelo mundo inteiro, fazendo com que o dinheiro não chegasse mais a Alemanha e a crise tão temida voltasse a assolar o país. Tal situação foi um prato cheio para o partido Nacional-socialista ou Nazista. O partido assume-se como defensor da ordem contra o “terror vermelho” (partidos comunistas) e recebem o apoio das classes médias e com o tepmo a cumplicidade das autoridades. Quanto mais o desemprego e a crise se alastravam pela Alemanha, mais o movimento de Hitler tomava força. Nas eleições de 1932, os Nazistas não recebem a maioria de votos, mas pela pressão que os golpes e atentados fizeram, por toda a propaganda e crescimento do partido, em 1933 Hitler é convidado pelo presidente Hindenburg a ser o chanceler da Alemanha. No poder, Hitler levou menos de dois anos para se tornar o senhor absoluto do governo, abolindo todos os direitos fundamentais de associação, opinião e locomoção garantidos pela Constituição de Weimar.

Em 1934 o presidente Hindenburg falece, desse modo Hitler assume os poderes da presidência e de cara mostra as suas intenções: decreta a caça aos comunistas, fecha os sindicatos e partidos políticos, a imprensa é calada, os socialistas ou sindicalistas são mortos ou exilados e o direito de greve proibido.

Os judeus tem decretada sua incapacidade legal permanente, tornando-se alvos de perseuições de toda ordem. Outras leis raciais são impostas mais tarde, mas ai estaomos entrando no assunto do próximo texto: O governo de Hitler e a perseguição aos incapacitados.

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